Artigo do Blog Professor Tim explicando as frases de 1968!

1.000 livros não bastam para explicar 1968. Bastam as frases sobre 1968!

#Podem juntar todos os livros. 1.000 livros ou mais que não explicam tão bem o ano revolucionário/anarquista/rebelde de 1968, mesmo o livro clássico de Zuenir Ventura (1968: o ano que não terminou)não explicaria tão bem o famoso ano quanto as frases míticas, geniais e fenomenais da referido ano de revoluções, de revoltas estudantis, dos movimentos feministas, das barricadas de Paris etc.

São pelas frases que vou explicar muito o que foi 1968.

Pela revolução, parteira da Humanidade, o socialismo rumo ao comunismo, tudo seria possível e até conquistar o impossível:

"É proibido proibir e a imaginação no poder"são duas frases pela liberdade de expressão na imprensa, nas relações sociais, nas artes engajadas, no desbunde tropicalista. Tudo expresso em outra frase ontológica de 1968: "a palavra é um coquetel molotov", como expressão de força verbal e das ideias revolucionárias contra o conservadorismo escrito dos dogmas bíblicos.

Nas frases libertárias ("o homem é violento quando oprimido, mas doce quando é livre; ou "a liberdade do outro amplia a minha ao infinito", em sentido sociológico e ideológico, simboliza as lutas por liberdades sindicais, políticas, ideológicas, nacionais e pelo socialismo.

"Corra, camarada, que o velho mundo está atrás de você", uma frase genial para convocar as massas e o proletariado contra a velhice burguesa, a propriedade privada dos meios de produção, os conservadorismos religiosos e teológicos, os resquícios feudais etc.

Derrubar as instituições burguesas, os aparelhos de repressão do estado burguês, organizações repressoras contra estudantes, desviados sociais e excluídos da sociedade de classes, por meio de uma frase fenomenal de Michel Foucault: "abrir as portas dos asilos, das prisões e dos presídios, das faculdades e dos liceus, dos quarteis" etc.

Combatendo-se, por outro lado, qualquer manifestação modernista do sistema capitalista, trazendo, pelo modernismo, aumento da fome e da repressão: "nosso modernismo não passa de uma modernização das polícias e limpeza=repressão social e política".

Por mundo velh0, ainda, pelo menos o combate deste, entendido que o capitalismo industrial e a burocracia estatal capitalista, entre outros, devem ser destruídos e justiçados: "Humanidade nunca será feliz até o último capitalista ser enforcado nas tripas do último burocrata"

"Buscando a ideia de que a felicidade é uma ideia nova da escola de ciência política", ideologizando, para, somar-se ao socialismo, a visão do utilitarismo socialista para garantir felicidade ao máximo a todos os habitantes da Terra sem exploradores e explorados.

Povo unido jamais será unido. Estudantes, mulheres, operários, dirigentes comunistas, padres revolucionários abrindo os caminhos pelas barricadas:

Num mundo livre sem regulamentações, sem o estado absoluto, marcado pelas críticas e contestações. Destruir as normas, as regras politicamente corretas, que uma frase bem singular explica muito melhor do que os estudiosos e sociólogos: "2 + 2 não são mais 4".

A chamada midia burguesa, tentando construir a aldeia global do capitalismo mundial, com as mentiras nas grandes midias de massas (tvs, rádios, jornais impressos), teve uma oposição violenta dos rebeldes com causa das agitações de Maio de 1968: "você está sendo intoxicado pelo rádio, pela televisão, pelos jornais mentirosos".

Pelos textos sociológicos, psicanalíticos e revolucionários de Marcuse, de Habermas, de Foucault, entre outros alimentados pela revolução cultural de Mao Tsé Tung, criou-se a revolução dos desejos coletivos: "acho que meus desejos são realidade porque acredito na realidade dos meus desejos".

A revolução sexual, o movimento feminista, novos ideais de sexualidade, a crítica aos padrões sexuais conservadores, novos relacionamentos e a sexualidade homossexual: "inventem novas perversões sexuais; faça amor, não faça guerra; quanto mais eu faço sexo, mais vontade eu tenho de fazer revolução e mudar o mundo"; "o sexo da noite sorriu ao olho unânime da revolução".

Nas barricadas de Paris e nas passeatas estudantis no Brasil contra a ditadura militar, a palavra de ordem era revolução ou morte. 

Fazer revoluções com base nos pensamentos de Marx, de Engels, de Mao de Che Guevara. Frases explicam isso: Aquele que fala de revolução sem mudar a vida cotidiana tem na boca um cadáver; Quanto mais eu faço revolução, mais vontade de fazer amor eu tenho.

Defender a revolução social do proletariado, ou a revolução mundial na visão de Trotsky, por diversos meios (guerrilhas, golpes de Estado, aquartelamentos, levantes populares), ao mesmo tempo de viver uma vida anarquista sem ligar para dinheiro e os valores burgueses: "levemos a revolução a sério, mas não nos levemos a sério".

Ou uma frase espetacular e bem revolucionária: "Revolução, eu te amo".

Para finalizar revolucionariamente: "a morte é necessariamente uma contra-revolução".

Se acha que as frases não explicaram 1968.

Então leia os 1.000 livros sobre 1968!

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Autor do artigo fraseológico: Professor Tim é cientista político e blogueiro!