Reginaldo Silva acertou no conteúdo, mas errou na substância da análise do artigo inspirado em Cazuza sobre nomeações do governo Rafael!
Algo como na Metonímia da Língua Portuguesa: trocou o todo pelo conteúdo!
Ou a análise cartesiana (divisória) apenas das partes na Psicologia Gestalt.
Em um belo artigo capaz de ser lido de um só fôlego, dada a boa redação do começo ao fim, o professor Reginaldo Silva, em seu artigo (O tempo não pára), inspirado em Cazuza, criticou as nomeações do vereador Denílson para a Chefia de Gabinete do prefeito Rafael -que havia ocupado o mesmo cargo 25 anos atrás.
A própria crítica à nomeação de Denílson, um quadro antigo da nossa política, bem como de Totonho Rosa (Educação) e de Chico Rosa (hoje na Agricultura), para Reginaldo Silva é uma falta de renovação política e nos quadros políticos do nosso município:
Em 1992, a dupla Acácio e Adalberto, com o slogan Nova Russas da gente, ganhava o primeiro embate contra Dioguinho. No ano seguinte, faziam parte da administração do prefeito eleito, Denilson, como Chefe de Gabinete, Tontonho Rosa, como secretário de Administração e Finanças e Chico Rosa, ex-prefeito, era uma espécie de super secretário, um comandante institucional que orientava e gerenciava as demais pastas. A exatos 25 anos, os três ainda permanecem como secretários do prefeito Rafael Pedrosa. Denilson volta ao mesmo local onde iniciou sua carreira política, Tontonho Rosa, agora ocupa a pasta da Educação e Chico Rosa comanda a Agricultura.
Em outro paráfrago, Reginaldo chega a culpar a própria juventude pela falta de consciência e de ousadia para mudar o atual sistema de poder, que favorece sempre os mesmos:
Não os culpo por estarem ocupando cargos estratégicos, muito menos os incrimino. Mas, não posso deixar de fazer algumas ponderações em relação a nossa juventude. A grande maioria dos nossos jovens preferiu seguir a manada da mediocridade, ignorar o debate político, ficar as margens das decisões e se acomodar no campo mediano das ideias. Faltou ousadia, coragem para apontar novos caminhos e visão para fazer algo diferente. Assim, como na travessia do rio Mara, só experimentam as belas pastagens, os gnus e zebras que conseguem atravessar o rio.
A importância do artigo do Professor Reginaldo Silva, que conhece bem a política local, é importante, mas merece alguns reparos.
Denílson, Chico Rosa e Totonho Rosa são quadros tradicionais do Grupo EMPA -Grupo que se renovou e continua no poder com Rafael Pedrosa.
O próprio Washington Pedrosa, quando Chico Rosa ganhou a eleição de prefeito (1988), fazia parte do Grupo EMPA, mesmo que tenha rompido com Chico no meio da campanha eleitoral para apoiar o tio: Xavier Farias.
Mais. Washington, chefe do setor rural do Banco do Brasil (Agência do Ipu), era uma espécie de guru financeiro do Grupo EMPA (grupo de elite empresarial e econômica), ajudando a liberar projetos dentro do banco em que trabalhava.
Quando a Denílson ser nomeado novamente Chefe de Gabinete, é porque é um cargo político e de livre nomeação do prefeito -a quem Denílson é um dos principais aliados na Câmara-, e ele tem habilidade e conhece bem aquela pasta importante do Executivo.
Vou dizer mais. Se o professor Reginaldo Silva, entre outras personalidades, com suas inteligências intelectuais, tivessem passado mais tempo na oposição ou na formação consciente dos jovens, talvez o Grupo EMPA não tivesse voltado ao poder político.
Quem se insurgiu contra o Grupo EMPA foi o ex prefeito Marcos Alberto, fazendo uma grande gestão, mas se perdendo no sectarismo e no radicalismo político, não sendo um profissional da político quando comandou o Poder Executivo.
Valeu o tempo não para, como artigo reflexivo, mas o Grupo EMPA será sempre um museu de velhas novidades na política local, a não ser que novas lideranças independentes com são Júnior Mano e outras, possam conquistar a Prefeitura de Nova Russas em 2020!
Mas o certo é: Grupo EMPA parou Nova Russas no tempo!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro!
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