Artigo do Blog Professor Tim sobre os 50 anos da morte de Che Guevara.

50 anos da execução de Che Guevara pela CIA e pelo Exército da Bolívia!

Muito ferido e um farrapo humano, pesando um pouco mais de 40 quilos,  Che Guevara (mito/herói guerrilheiro da revolução cubana) e o mais internacionalista revolucionároi da América Latina,  foi fuzilado sumariamente por soldados do Exército da Bolívia e por agentes da CIA, no departamento de La Higuera, após ser capturado na tentativa fracassada de implantar focos guerrilheiros e fazer a revolução boliviana -com apoio do traidor Partido Comunista da Bolívia (PCB).

Manipulado pela lábia de Fidel Castro, que queria ver Che Guevara longe de Cuba e até morto para virar herói e mártir do socialismo, Che Guevara, com poucos homens foi à Bolívia instalar focos guerilheiros -para, a partir, de uma vanguarda foquista, dentro de sua estratégia revolucionária, conquistar as massas e tomar o poder para implantar a ditadura do proletariado.

Algo que só funcionou na cabeça revolucionária de Che Guevara, deixando numa frase, seu legado de libertador mundial:

Isolado de tudo e de todos, com poucos homens, traído pelos comunistas bolivianos, Che Guevara não conseguiu viabilizar a revolução comunista na Bolívia, como ocorreu em Cuba com a revolução liderada por ele e pelos Irmãos Castro -a partir da Sierra Maestra e a tomada do poder em Havana, no dia 1º de janeiro de 1959.

Acabou capturado e morto sumariamente, sem que houvesse qualquer tentativa de Fidel Castro e do governo Cubano em planejar ou tentar salvá-lo da morte. Há uma tese, ou se é uma teoria conspiratória, que os irmãos Castro preferiam a morte de Che do que sua vida -por causa da mitologia de herói criada a partir disso.

Morto, Che foi mais importante do que vivo. Sua morte foi importantíssima para manter acessa a chama revolucionária das revoluções por minuto. 

Muitos movimentos guerrilheiros em El Salvador, Guatemala, Peru, Honduras, Colômbia, entre outros, se inspiraram no mito morto para fazer focos revolucionários visando destruir governos capitalistas pró-Estados Unidos e pró-multinacionais ladronas.

Em defesa de um socialismo com raízes na América Latina e seus valores, e querendo criar o Homem Novo, Che deixou o legado da revolução armada como símbolo de mudança social e política.

No Brasil, em homenagem a Che Guevara e sua boina revolucionária e internacionalista, foi criado o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Jovens revolucionários e nacionalistas contra a ditadura militar e sob proteção do ex governador de São Paulo, Orestes Quercia. Ainda hoje, existe e muito forte o MR-8.

50 anos após a morte de Che Guevara, temos que continuar defendendo alguns dos seus ideais, mas com ternura.

Sua frase símbolo continua bem atual:

"Hay que endurecer, mas sín perder la ternura jamás"!

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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.