Uma guerra dialética sempre presente no mundo dos homens é entre ciência e fanatismo. Razão versus irrazão. Racionalidade contra os mais primitivos instintos. Pensamento derrubando a ignorância. O cérebro em oposição à barriga e aos instintos do baixo corporal.
O pré-candidato a Presidente da República pelo Patriotas (ex Pen), Jair Bolsonaro, e que teria um projeção, segundo a revista VEJA, de 30 milhões de eleitores, personifica bem essa dialética entre a razão e a loucura, a ciência e o fanatismo, o racional e os instintos biológicos.
<Ao fotografar-se com uma pistola na cinta e defender a pena de morte para os bandidos pobres, Jair Bolsonaro (capitão reformado do Exército), alimenta um velho instinto biológico do Homem, que vem desde Caim e Abel: matar o outro Homem>. Basta ver que, na pistola de Jair Bolsonaro
, o gatilho simboliza o clítoris da vagina (pinguelo do priquito) -associando o instinto de assassinar, de matar, com o desejo do prazer sexual.
, o gatilho simboliza o clítoris da vagina (pinguelo do priquito) -associando o instinto de assassinar, de matar, com o desejo do prazer sexual.
Quando defende a pena de morte contra marginais comuns (assaltantes, latrocidas, sequestradores), trabalhos forçados e a castração química de estupradores, figuras rejeitadas na sociedade pela pressão da imprensa conservadora, Bolsonaro acerta.
#Num pregação messiânica, pausterizada com frases de efeito, joga para as massas e para as classes médias#, que a violência urbana será resolvida assim e aposta no instinto biológico de matança seletiva para manter a sociedade em ordem.
O discurso demagógico e nazi-fascista de Bolsonaro
, que faz ao defender execuções sumárias e extrajudiciais de bandidos por forças policiais, como já ocorrem nos grandes centros urbanos e contando com um certo apoio silencioso e explícito não apenas das elites, mas dos pobres iludidos e alienados, aumenta sua popularidade e o apelo popular por sua candidatura extremista.
, que faz ao defender execuções sumárias e extrajudiciais de bandidos por forças policiais, como já ocorrem nos grandes centros urbanos e contando com um certo apoio silencioso e explícito não apenas das elites, mas dos pobres iludidos e alienados, aumenta sua popularidade e o apelo popular por sua candidatura extremista.
Outro imaginário humano que favorece Jair Bolsonaro na corrida presidencial, e também pelo aspecto instintivo, é o fundamentalismo dele contra os homossexuais e a comunidade LGBTT -setores sociais discriminados e odiados pela raça humana por não reproduzirem a espécie.
Razão para Bolsonaro dar publicidade a um discurso de ódio contra gays, lésbicas e outros LGBTT. Condenando o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o Kit Gay, a ideologia de gênero (ninguém nasce homo ou hetero), Bolsonaro ganha apoio da ampla maioria heterossexual.
A condenação ao aborto defendido pelas feministas lésbicas de Esquerda e da Extrema Esquerda (PSOL/PSTU) faz Bolsonaro ter apoio total da Igreja Católica e das igrejas evangélicas fundamentalistas. Condenação contra o aborto transformou Bolsonaro no presidenciável mais popular nos meios religiosos brasileiros.
O ódio de Bolsonaro contra homossexuais decorre de sua fé religiosa (católico da TPF) e próximo de correntes pentecostais das Igreja Evangélicas, e na defesa da tradicional família brasileira: patriarcal, heterossexuas, nuclear (pai, mãe e filhos) -não reconhecendo como família qualquer tipo de família homossexual.
Definindo-se como um militar cristão conservador defensor da família brasileira tradicional (homem fazendo sexo com uma mulher para gerar filhos/as) e os bons costumes, os valores morais e uma sociedade normal sem a aberração gay e dos chamados setores homossexuais.
Ainda no quesito biologismo na definição do DNA e do próprio ectoplasma político de Bolsonaro, mas na área econômica, Bolsonaro é um militar nacionalista alinhado com posições nacionalistas da direita militar brasileira: 200 milhas, nacionalização das riquezas minerais, empresariais e naturais, desenvolvimento interno e produção interna, capital nacional etc etc etc.
Ao nacionalismo militar vem ainda a defesa plena da desregulamentação, das privatizações, das terceirizações, da livre concorrência, do fim dos monopólios estais e menos interferência do Estado e dos organismos estatais na vida dos brasileiros e das brasileiras.
Uma economia liberal bem clássica, muito diferente da economia regulada e estatal do Lula.
Soma-se ainda para Bolsonaro na disputa, é porque ele se apresenta como um político sério, não envolvido na Lava Jato, e um oficial do Exército (organização tida como honesta), ganhando, nisso, muitos votos nas classes médias e no meio do povão revoltado com a corrupção do dinheiro dos impostos pagos devidamente.
Isso que não quer dizer que Bolsonaro será eleito Presidente da República. Não se sabe se as forças poderosas do Brasil (Globo, Banco Itaú, grandes multinacionais), além do governo Trump e do governo Merkel (Alemanha) vão apoiar um militar de extrema direita e não confiável para o Palácio do Planalto.
Se tiver tais apoios, pode ganhar a eleição presidencial.
Se não tiver, não chega nem ao 2º turno!
Mas a biologia e os instintos vão ajudar muito o Bolsonaro!
Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.
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