sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Artigo do Blog Professor Tim sobre a carestia de alimentos no Brasil, desde Cabral até Temer!

De Cabral a Temer: explicando carestia de alimentos no Brasil!
O tema da carestia no Brasil da estagflação e dos preços elevados, desde que os fedorentos de Pedro Cabral trouxeram o bacalhau superfaturado, é sempre um tema caro aos brasileiros mais pobres.
Durante a grave crise econômica do governo do general Figueiredo, o general-ditador que preferia o cheiro dos cavalos aos cheiro do povo, em São Paulo e outras capitais brasileiras, estouraram os movimentos radicais de rua de combate à carestia dos alimentos.
Sobre a carestia de alimentos de nossa cesta básica, a mais alta do mundo  ocidental, basta ir na feira livre de Nova Russas ou em qualquer supermercado para ver tanta carestia nos preços dos alimentos básicos.
Veja bem. Uma dúzia de bananas (com etrel para amadurecer mais rapidamente) está custando R$ 6, 1 dúzida de laranjas  amargas/azedas custa 6 reais, um quilo de carne a 25 reais, o arroz está vendido a 3, 50, o açúcar está a quase 3 reais, e o feijão tem hora que passou dos 12 reais.
Como explicar melhor as causas e as razões da carestia e da inflação de alimentos no Brasil?
Por várias razões e causas!
Uma das razões principais está na brutal concentração das terras nas mãos de poucos, desde as sesmarias até chegarmos às grandes fazendas monocultoras do agronegócio. Produzindo apenas soja para engordar porcosa, suco de laranja para trocar por caixas de sucos, entre outras commodities (vulgo matérias primas naturais) para exportar a preço de banana podres para os Estados Unidos e alguns países da Europa.
Apenas dando continuidade ao monopólio secular da Terra no Brasil, desde as capitanias hereditárias e suas sesmarias, e os ciclos econômicos e produtivos monopolistas: Pau Brasil, da Cana de Açúcar, da Borracha, do Cacau, do Café.
Com a agronegócio produzindo apenas o mercado externo, e com milhões de brasileiros sem terra para trabalharem e produzirem, não se oferta à vontade de arroz, de feijão, de legumes e de verduras, de hortaliças e de frutas tropicais, e, com a demanda, os preços sobem e disparam na chamada inflação de demanda.
O aumento dos preços combustíveis é outro fato de carestia de alimentos. Com a gasolina a 4,50, por ex., e como tudo é transportado em caminhões e carretas no sistema rodoviário de transporte, todos os preços sobem.
Sobre o alto valor do preço do pão (carioquinha ou outro), vendidos a 30 centavos/unidade, é por causa da importação em dólar do trigo de países europeus.
Já o alto preço dos frangos e congelados da Sadia e da J&F, além de multinacionais, falindo a economia rural das galinhas e dos ovos caipiras, eles monopolizaram os preços dos frangos e ovos congelados.

A música "saco de dinheiro", como cantou Alcione e Beth Carvalho, para comprar um quilo de feijão ou um quilo de arroz.
Tudo culpa do nossos sistema macroeconômico dominado pelo sistema financeiro, pelos grandes bancos, pelas grandes multinacionais e as maiores empresas industriais, firmado desde o pacto colonial e a vontade estrangeira de não industrializar o Brasil.
Esse negócio da economia brasileira vender apenas "commodities" (alimentos e produtos naturais sem valor agregado, ou seja, sem industrialização), por um lado, aumenta o déficit a nossa balança comercial na compra de badulaques tecnológicos: telefones celulares (da Nokia), de computadores (da Microsoft), de carros de montadoras dos EUA e da Europa, de produtos duráveis de empresas multinacionais.A Sadia e a Perdigão, no caso das galinhas de granja, monopolizam o setor aviário e sempre aumentam os preços dos seus frangos congelados, que hoje seus preços oscilam entre 8 e 10 reais o quilo.
Já as indústrias de São Paulo e outras unidades ricas da federação (Rio de Janeiro, Minas Gerais) produzem macarrão, arroz, manteiga e outros alimentos industrias, com preços caros por causa do monopólio e da falta de uma política do governo federal para subsidiar produtos agrícolas básicos, como acontece no Japão com o arroz, na França com a produção de uvas, nos EUA com a questão do trigo.
É a carestia dos chamados alimentos industriais enlatados e empacotados vendidos em supermercados e grandes redes de hipermercados nacionais e internacionais.
Para terminar, um verso da canção Saco de Dinheiro, da Beth Carvalho, para explicar a carestia e a inflação de alimentos no Brsil, seja a moeda Real ou Cruzeiro:
"Mas depois para que tanto dinheiro, de que me serve um saco de dinheiro para comprar um quilo de feijão, depois que inventaram o tal Cruzeiro eu trago um embrulhinho na mão e deixo um saco cheio de dinheiro". 
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.

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