A judicialização cada vez mais agressiva da política, com o recente episódio da cassação do diploma do prefeito de Poranga, Cárlisson, e da própria chapa majoritária dele, em grau de recurso, pode ter abreviado o fim da carreira política do chefe do Poder Executivo poranguense.
Aliado político do deputado Jeová Mota, a quem deve votar nele para deputado estadual, caso uma decisão colegiada não o retire do cargo para sempre, o futuro político de Cárlisson é tão incerto quanto os buracos negros do Universo. Seria até impossível eleger seu sucessor em 2020.
Fundamentalismo evangélico numa Poranga de maioria católica, onde disse, em nota oficial à imprensa, que seu advogado fiel é Jesus Cristo, Cárlisson deve concordar com o princípio bíblico de que toda autoridade vem de Deus, daí a aceitação passiva da recomendação do Ministério Público da demissão de servidores e cargos comissionados por nepotismo, até mesmo secretários municipais -cargos de livre nomeação e não característicos de nepotismo.
Se é ruim para Cárlisson, pior para Jeová Mota -que pode perder o apoio de mais um prefeito e quase 4.000 votos, caso o colegiado do TRE decida pela aceitação da decisão da Justiça Eleitoral de Poranga/Poranga -após julgar a AIJE em desfavor de Cárlisson.
À cassação do diploma do Cárlisson, contra Jeová, tem ainda a baixa do afastamento do prefeito de Reriutaba e alguns resultados eleitorais adversos nas últimas eleições. Citando-se as derrotas eleitorais dos prefeitos de Jeová em Nova Russas, Tamboril e Santa Quitéria.
Voltando a Cárlisson, nem tudo está perdido sobre o futuro político dele.
Melhor esperar o julgamento colegiado no TRE!
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Autor do artigo: Professor Tim é cientista político e blogueiro.
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